Em 22 de março de 1988 nascia aquele que mudaria minha vida, meu caçula, meu irmão, amigo, filho, companheiro, minha vida!
Sei que devemos aceitar, mas como aceitar a morte de um adolescente de 19 anos que saiu de casa para viajar com os amigos pela 1° vez?
Como aceitar que ele não tenha voltado para casa?
Como aceitar não mais ouvir a voz, a risada?
Como aceitar não ter mais o sorriso, o olhar, o carinho, as brigas?
Como aceitar não ter mais quem me ajude a passar de fase nos jogos?
Como aceitar não ter mais o viciado em fotografias?
Como aceitar não ter mais o nerd em informática?
Como aceitar não ser mais acordada nas madrugadas para ouvir sobre sua noite?
Como aceitar não ter mais o barulho da moto?
Como aceitar não ter mais com quem dividir meu milho com coca-cola?
Como aceitar não ter mais com quem assistir Friends?
Como aceitar não ter mais de quem cuidar?
Tem coisas que serão pra sempre nossas, e tem coisas que dividimos com o mundo.
Tem pessoas que acreditam que ele possa estar aqui, que seria melhor visitá-lo no cemitério, talvez levar flores; confesso que queria ser assim, com certeza doeria menos.
Sentar em frente ao túmulo e contar sobre tudo o que ele perdeu nesses últimos anos:
meu casamento, minha separação, minha reconciliação e logo ouviria dele: - "Gi pode parar de frescura e Mike para com essa viadagem" - seria o conselho dele;
contar sobre a Eloa e como a sobrinha dele é uma guerreira, como é linda, meiga e um pouco grossa...rs - e ele diria que ela puxou ao tio, pois ele nasceu em uma cesárea às pressas no oitavo mês da gestação;
contar sobre o Lorenzo e como ele é lindo, alto, engraçado e que eu aperto o bumbum dele como apertava o do Robyson - e com certeza ele me mandaria parar com isso enquanto o menino ainda é criança;
contar sobre meu trabalho, sobre as vitórias que estou tendo, sobre os percalços - e com certeza ele mandaria eu apertar o botão do fod@-se e diria que o mais importante são as bebidas que ganhei (há quem duvide?);
contar que a Eloa entra em casa, olha a foto dele e reconhece: "Meu tio Robyson" - ele amava crianças e ficaria feliz;
contar que eu sinto falta, sinto saudades, que meu coração dilacera a cada minuto em que me lembro que ele não está mais aqui - eu não sei o que ele diria, eu não sei onde e como ele está, só o que sei é que não está aqui.
Quem nunca perdeu alguém que amava, mas amava mesmo, aquele amor incondicional que não tem como substituir, quem nunca perdeu, não sabe a dor que é.
Hoje é mais um dia que passaremos sem ele, que sobreviveremos sem a presença iluminada do meu irmão caçula, do meu By, do Fião para o amigos, do Robynho para as meninas, do Robyson Carrenho para meus pais. Mais um dia especial, sem a pessoa mais especial que conheci na minha vida.
Eu não sei se um dia nos reencontraremos, eu não sei os planos de Deus para nós, eu não sei porque você se foi tão novo, eu simplesmente sei que sempre vou amar você! E....
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