A noite sempre foi uma criança para mim, uma criança que por vezes chora, grita, berra, e sem consolo desisti de agir. Atormentada pelos gritos alheios o medo atinge a alma, e essa desisti de existir.
E o que faz um ser sem alma?
Silencia.
Já não há o medo, já não há amor; esse ser se esvazia.
Eu, mulher de muitas almas, de muitos medos, de muitos gritos, de um cérebro pensante, que não cessa para que a noite tome seu rumo correto: o descansar.
Por tempos me pergunto: por que eu? Por que comigo?
Meu alvo: a normalidade.
Mas será que alguém é normal nesse mundo?
Almejava por um minuto sair desse destempero, curar meus pesadelos, ter sonhos para viver.
E sem medo: viver!
Nenhum comentário:
Postar um comentário