Olá, amores!
Esse mês fizemos um trabalho na faculdade sobre como chegamos até a pedagogia, como escolhemos essa profissão; hoje quero dividir com vocês a história da minha amiga, parceira de grupo e batalhadora: Geyse!
Como a pedagogia entrou em minha vida
Dos seis aos dez anos de
idade fui aluna da Escola Municipal Dom Mathias foi uma experiência incrível
pois tinha ótimos professores.
Aos dezesseis anos, no ano
de 2008, participei de um programa de estágio do CIEE (Centro de Integração
Empresa Escola) em parceria com a Prefeitura da cidade de Vinhedo/ SP, e o
primeiro emprego ao qual fui chamada foi em uma instituição escolar, atuando
como estagiária e ainda cursando o ensino médio. Minha surpresa maior foi a
escola escolhida por eles para desenvolver esse trabalho: Dom Mathias; sim, a
escola em que estudei. Enchi-me de orgulho por poder voltar como funcionária
auxiliando na área administrativa, trabalhando na secretaria da escola.
Nessa fase tive contato com
toda a dinâmica da instituição, com todos os processos que envolviam
atendimento aos alunos, desenvolvimento de projetos, auxilio na decoração de
festas. Estava próxima aos professores que me deram aulas no passado e
trabalhando junto a eles pude conhecer a fundo a essência de um profissional da
educação. A coordenadoria e diretoria fora extremamente pacientes e atenciosas
comigo, me ensinaram tudo que eu precisaria saber para ser uma boa funcionária
e eu me esforçava para aprender o máximo.
Como recebia um carinho
especial de todos, me senti a vontade para apresentar um projeto para inserir
um curso de teatro aos alunos interessados (já que teatro é minha grande paixão
e eu já fazia um curso profissional há quatro anos); durante o projeto proposto
eu poderia passar adiante meus conhecimentos, ensinando a arte de atuar,
escrever, adaptar, montar cenário, figurino, e como conclusão ensaiando-os para
uma apresentação de final de ano.
Esse foi meu primeiro
contato profissional com a escola e meu primeiro contato ensinando e
acompanhando cada processo de uma turma de alunos.
Assim que finalizei o ensino
médio em 2010, perdi meu estágio do CIEE e tive de deixar meu trabalho na
escola, então surgiu a grande dúvida da maioria dos adolescentes: qual
faculdade escolher? O que eu quero fazer da minha vida? Qual a profissão
correta a seguir?
De um lado tinha a
importante opinião dos meus pais visando um futuro com cursos que me dariam uma
renda favorável ao finalizá-los. Porém não me imaginava médica, advogada,
engenheira, não era isso que eu queria.
Agora fora da escola que trabalhava, por não
estar mais estudando precisei procurar outras fontes de renda. Minha intenção
nunca foi ser professora, mas depois de um tempo pesquisando o que eu realmente
gostaria de ser e fazer ouvi meu coração; já que meu maior desejo sempre foi
mudar o mundo comecei a pensar de que maneiras eu conseguiria realizar tal
sonho.
Me aprofundei a olhar para
minha vida e ver o que realmente me mudou , e percebi que no passado era uma
menina muito tímida, com medo de me arriscar e então conheci o teatro, e me
transformei. Minha paixão por tudo o que envolvia os palcos me fez refletir que
da mesma forma que o teatro me mudou, eu poderia através dele mudar a vida de
outras pessoas, já que a arte em si é transformadora.
Foi nesses pensamentos que
encontrei minhas respostas, eu queria estar dentro de uma escola, entretanto
não me imaginava trancada em uma sala de aula, eu admirava os professores de
educação artística com suas aulas dinâmicas, eles me impressionavam com seus
métodos nada tradicionais de ensinar.
Após a saída da escola
entrei para trabalhar em uma empresa de logística como faturista, mas a saudade
do ambiente escolar apertava a cada dia mais, e foi nesse momento que decidi
ser uma professora de educação artística, comecei uma pesquisa e descobri que
para atuar nessa área precisaria de uma formação em Artes Visuais ou Artes
Plásticas, mas a universidade mais próxima ficava à 67 km de distância, por
isso só cursei o primeiro semestre, era dificultoso conciliar o trabalho e a
faculdade.
Entre 2013 até o início de
2014 muita coisa aconteceu em minha vida, fui convidada a trabalhar na parte
financeira de uma faculdade na cidade onde resido, mas a maior alegria foi a
chegada da minha filha, agora eu tinha uma vida dependendo de mim, tudo que eu
fizesse no presente seria para garantir o futuro dela. Senti que eu precisava o
mais rápido possível dar um rumo à minha vida , e comecei novas pesquisas de
cursos do meu interesse.
Um dia entrei no site do
Prouni, para verificar situações de alunos da instituição em que trabalhava , e
resolvi olhar os cursos que se encontravam em segunda chamada, foi então que
uma luz se acendeu: curso de pedagogia a distância, vi que havia um polo em
minha cidade, em uma das universidades mais conceituadas do país: Unip.
Procurei informações de como seria um curso a distância e como deveria
proceder, como estudaria, como seriam as provas e trabalhos, minha dúvida era
também em relação a minha nota do Enem (que havia prestado em 2010) será que
serviria?
Dúvidas esclarecidas lá
estava eu me inscrevendo no vestibular e pouco depois me matriculando no curso
a distância da Unip ou como chamamos EAD (Ensino a Distância). A modalidade a
distância facilitou minha vida, já que criando uma filha pequena seria
complicado me devotar a um curso presencial.
Um ano se passou desde o início das aulas e
comecei a ver as portas se abrirem para que eu pudesse atuar junto à escolas
novamente, me tornei professora de recreação em uma escola particular, lidando
com crianças de três a oito anos.
Com o tempo as oportunidades só aumentaram,
ainda trabalhando como atriz nas horas vagas, comecei a trabalhar na prefeitura da cidade de Vinhedo/SP e elaborei um projeto para a área da cultura. E
nada mais justo do que misturar essas duas paixões que cresciam em mim: teatro
e educação; escrevi um projeto de teatro na escola, associando meu conhecimento
em teatro e minha breve, porém intensa, experiência em escola, mais os
ensinamentos do curso de pedagogia.
Meu projeto foi aceito e no seu primeiro ano
atendeu escolas municipais de Ensino Fundamental II onde eu e mais três Arte
Educadores de Teatro ( professores de teatro) atendíamos seis escolas. O
sucesso do projeto foi tão grande que esse ano de 2016 se estendeu para mais
quatro escolas, atendendo no total dez escolas com cursos de teatro gratuitos
para os alunos interessados.
Esse é meu segundo ano como
Arte Educadora pela prefeitura e hoje atendemos quinze grupos: Fundamental I:
com aulas básicas de teatro para iniciantes e Fundamental II com um curso mais
intenso e apresentação no Festevi (Festival de Teatro de Vinhedo), com direito
a premiações, inclusive esse ano foi criada uma categoria dedicada a área
estudantil tanto de instituições da rede pública quanto particulares da cidade.
Por fim só tenho a
agradecer ao curso de pedagogia EAD,
pois ele vem abrindo novos horizontes e me ajudando em minha carreira
profissional e eu continuo a buscar e batalhar pelos meus objetivos, tenho
certeza de que serei um exemplo para minha filha e um orgulho para meus pais.
Com o curso a distância tenho o tempo
necessário para me dedicar ao teatro, aos meus alunos e o mais importante a
minha filha.
Costumo dizer aos meus
alunos que me perguntam porque eu
escolhi seguir carreira de professora que meu maior desejo é mudar o mundo e
esse processo deve começar com as crianças: educando-as. Eu escolhi educá-las
através da arte, pois a educação e o conhecimento são transformadores. Eles
transformaram minha vida e eu quero ser a base para transformar diversas outras
vidas!
Geyse:
Geyse e sua filha Camilli:
O motivo para buscar um futuro melhor, Camilli:
Geyse, a Arte Educadora:
Geyse, a atriz:
História de vida de: Geizilaine Camila da Mata
Reescrita por: Gisele Carrenho Paganini
Se inspirem e procurem fazer a sua parte para mudar o mundo!!!